Inteligência em agronegócio: como ela beneficia o mercado e a sua empresa?

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  • Agronegócio

Tecnologia, informação e aprimoramento: estas são as qualidades que definem o uso da inteligência no agronegócio. Portanto, o objetivo do conceito vai muito além de aproveitar as capacidades cognitivas da sua equipe.


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É por isso que elaboramos este conteúdo especial, pois o assunto ganha cada vez mais importância para quem opera no campo. Não perca tempo e acompanhe a leitura para saber como alavancar a produtividade da sua operação!

O conceito de inteligência em agronegócio

Da maneira mais ampla possível, é comum atribuir a palavra inteligência ao coletivo operacional da equipe, concluindo que uma operação inteligente se compõe por profissionais qualificados, criativos e diferenciados — e isso não está errado.

No entanto, o agronegócio — assim como qualquer empreendimento — bebe em outras fontes de inteligência, além do time disponível. No campo administrativo, isso se chama Business Intelligence — que conta com métodos utilizados também no agro.

Porém, o conceito de inteligência vem se demonstrando cada vez mais importante no agronegócio, principalmente se considerarmos todas as inovações propostas pela Agricultura 4.0. Caso não saiba, “4.0” é a terminologia utilizada para descrever a próxima revolução produtiva e industrial.

É por isso que existem tantas áreas dedicadas a apontar as tendências da revolução, como Indústria 4.0, Logística 4.0 etc. A Agricultura 4.0 é um exemplo importante para falar de inteligência, pois aponta para uma era de muita tecnologia, análise e interpretação de dados — justamente disso que se trata a inteligência aplicada no agronegócio:

  • coletar grandes volumes de dados — disponíveis em pesquisas acadêmicas e mercadológicas, artigos científicos, mídias, informativos e afins;
  • transformar essas informações em riqueza informacional de fácil leitura, análise e interpretação.

No fim das contas, o objetivo da inteligência no agronegócio consiste em aprimorar a tomada de decisão. Significa respaldar as escolhas em uma boa base de dados, evitando riscos desnecessários a partir da realização de investimentos assertivos.

A implementação do conceito na prática

Agora que você entende o conceito da inteligência no campo, chega o momento de entender como isso acontece na prática. O objetivo da inteligência é, conforme observamos, alcançar uma operação Data Driven, ou seja, orientada por dados.

Mas os dados por si só não dizem nada. Afinal, assim que coletados eles são apenas números, sem um valor real e interpretável sobre o que de fato ocorre na operação. Desta forma, dados representam registros ainda insignificantes, em um estágio muito inicial do processo.

Já a informação é o que dá sentido aos dados. Por exemplo, o número 7 é um dado, sem nenhum significado. Já 7% significa o nível de perda registrada durante o armazenamento dos seus grãos — dado que se transformou em informação.

Por fim, há o conhecimento, que consiste em contextualizar a informação com alguma noção comprovadamente real. Segundo a Embrapa, é comum que o armazenamento de grãos em países como os Estados Unidos resulte em uma perda de 5%, enquanto nos países em desenvolvimento esse índice pode chegar a 50%.

Aqui, a inteligência seria coletar o índice de perda durante o armazenamento dos seus grãos e comparar aos demais no mundo.

Nesse cenário, saber que você perde apenas 7% da sua produção é um sinal absolutamente positivo, pois evidencia uma eficácia próxima a de uma produção estadunidense (5%) e substancialmente superior a de uma produção de um país emergente (50%).

Naturalmente, trata-se apenas de um exemplo, mas capaz de ilustrar bem o emprego da inteligência para balizar decisões. Imagine que o seu índice de perda esteja absolutamente alto, na casa dos 30%. Isso significa que quase um terço de tudo que você produz é perdido.

A comparação com o “normal” ao redor do mundo é fundamental para aumentar a sua competitividade no mercado. Afinal de contas, você precisa reconhecer as próprias deficiências operacionais para conquistar a oportunidade de se modernizar, otimizando pontos de atenção.

Além da gestão de estoque, a inteligência também beneficia a produção, principalmente se utilizada para aprimorar técnicas da agricultura de precisão. O mesmo pode ser dito sobre a sustentabilidade, já que controle, manejo e destino de biomassa sofrem impactos diretos em busca de melhores informações.

Os benefícios da inteligência no agronegócio

Mas no fim das contas, no que essa coleta de informações em massa contribui para a sua operação? Da forma como percebemos, os benefícios podem se resumir em economia, produtividade, estratégia e competitividade. Entenda!

Economia

Em um primeiro momento, qualquer sugestão de investimento tende a ser encarada com certo receio, sobretudo em tempos de crise. No entanto, é importante reconhecer que a inteligência em agronegócio, sem depender da solução contratada, costuma se pagar rapidamente.

A realidade é que essa área oferece uma boa relação custo-benefício, entregando vantagens suficientes para justificar o investimento. Entre o médio e o longo prazo, a assertividade e a eficiência das decisões corretas atenuam o investimento inicial, fazendo com que a sua operação ganhe rentabilidade.

Produtividade

A produtividade cumpre papel vital para qualquer empreendimento no agronegócio. Entre outras coisas, o objetivo da inteligência é otimizar o aproveitamento de recursos, orientando você a fazer mais com menos — ou com a mesma quantidade de elementos já disponíveis.

Isso significa receber insights decisivos sobre como rodar as suas culturas com maior índice de produtividade e recuperação. A automatização de procedimentos essenciais, como a pulverização das culturas com base na temperatura ambiente e umidade do solo, é outro bom exemplo.

Estratégia

Decisões podem ser segmentadas em três grupos: estratégicas, táticas e operacionais. No fim das contas, cada uma delas exerce um peso importante sobre os rumos do negócio. A inteligência no agronegócio melhora a tomada de todo tipo de decisão, seja ela programada ou não.

Aproveitando o exemplo anterior, é possível automatizar decisões operacionais, como a pulverização da terra, combinando sensores, termômetros e automação. O mesmo vale para aspectos estratégicos, nos quais você se apoia em noções do mercado para melhor decidir como dar o próximo passo.

Competitividade

Todo produtor rural em rota de crescimento entende o valor da competitividade, respeitando seus oponentes de mercado. É nesse sentido que a inteligência, acompanhada pela modernização, figura como uma estratégia valiosa para ganhar espaço sobre a concorrência.

Afinal, muitos ficam presos no primeiro benefício, a economia, pois se sentem receosos a respeito do retorno dos investimentos. No fim das contas, a tecnologia e o conhecimento formam a única dupla implacável diante do avanço dos tempos.

A inteligência em agronegócio mostra que sua continuidade no mercado depende da combinação virtuosa de vários fatores. Um exemplo é o sucesso de empreendimentos familiares, que avançam por conta do desenvolvimento acadêmico, pecuário, administrativo e agronômico dos filhos, incorporando conhecimentos e inovações de volta na operação dos pais.

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