Lean construction: saiba o que é e quais são os benefícios de adotá-la

Tempo de leitura: 7 min
  • Engenharia

Agilidade, eficiência e economia: esses são alguns dos fatores mais importantes no canteiro de obras, pois estão diretamente relacionados à qualidade dos seus projetos. Sendo assim, aproveitamos o dilema para elaborar este post sobre os princípios do lean construction.

Como perceberá durante a leitura, essa é uma metodologia fundamental para quem busca aperfeiçoar os processos da construção civil, diminuindo custos, eliminando redundâncias e acelerando etapas. Portanto, não perca tempo e acompanhe!


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O conceito de lean construction

Como sempre, a melhor forma de entender uma ideia é destrinchando o significado do seu próprio nome. Em uma tradução direta, a expressão lean construction equivale à metodologia de construção enxuta, ou seja, trata-se de um conceito focado na sustentabilidade operacional.

Origem

Mas antes de mergulharmos no tema, vale a pena dar alguns passos para trás e enxergar como tudo isso começou. Afinal, o lean construction nem sempre foi uma realidade, mas sim uma preocupação que ganhou corpo ao acompanhar as tendências aplicadas na indústria.

Em retrospecto, avaliamos que tudo começou em 1908, o ano em que o Ford Model T fora lançado. Como você deve lembrar, isso foi um marco para a história da engenharia, sendo o primeiro veículo a ser fabricado em larga escala — introduzindo o revolucionário conceito da linha de produção.

Desse ponto, avançamos alguns anos sobrevoando a Segunda Guerra Mundial para prestarmos atenção no Japão. Esse é um recorte histórico importante para a nossa explicação por conta uma dupla de engenheiros da Toyota, Taiichi Ohno e Eiji Toyoda.

Colaborativamente, eles criaram um sistema de gestão da produção focado na sustentabilidade operacional, inspirados na escassez de recursos do Japão pós-guerra — um projeto que levou décadas para ser aperfeiçoado, até ser oficializado como o Sistema Toyota de Produção, STP.

Já no início da década de 1990, o método da montadora japonesa foi utilizado para desenvolver o conceito de Lean Manufacturing (Manufatura Enxuta), descrito originalmente no livro “A Máquina que Mudou o Mundo”, escrito por três pesquisadores da área — Womack, Roos e Jones.

Princípios

Em essência, o conceito da lean construction é profundamente inspirado na lean manufacturing, pois pregam os mesmos princípios, aproveitando dos mesmos benefícios:

  • diminuição de logística, deslocamento e manuseios desnecessários (JIT – just in time);
  • identificação e eliminação de etapas redundantes;
  • inteligência aplicada na estocagem;
  • otimização no uso dos insumos;
  • redução de perdas;
  • e muito mais!

Particularidades

Então, observando tudo que a lean manufacturing revolucionava no ambiente industrial, o pesquisador Lauri Koskela converteu essa metodologia para o setor da construção civil, utilizando de sua expertise para adaptar a transição do método para o fluxo de trabalho das obras.

Para isso, Koskela avaliou as características fundamentais da construção, reconhecendo que nem tudo poderia ser aproveitado da ideia original. O principal exemplo de adaptação é justamente o ambiente de trabalho, bem como as necessidades dos clientes, circunstâncias que mudam a cada novo projeto.

Por isso, o conceito da construção enxuta precisou ser atualizado, considerando cada detalhe e criando um método voltado à economia — reduzindo custos e desperdícios —, à eficiência — eliminando etapas que não agregam valor — e à previsibilidade, com a padronização dos processos e o aumento da segurança no trabalho.

Diferença em relação à construção tradicional

A diferença é uma questão de ponto de vista, ou seja, a abordagem realizada pelo profissional em comando. A construção tradicional enxerga a execução de um projeto de maneira um pouco limitada, entendendo que toda a produção é uma só, fragmentada em subprocessos, como se todos fossem fundamentais.

Já a metodologia enxuta, olha para a construção como um projeto que compila dois tipos de atividades: as que geram valor e as que não. As primeiras são aquelas objetivamente remuneradas pelo contratante, como o emprego da mão de obra e a construção em si.

Já as que não geram valor são aquelas atividades intermediárias pelas quais o seu cliente não paga, como o tempo desperdiçado em esperas, a movimentação de cargas — o fluxo de materiais —, a inspeção e assim por diante.

Sendo assim, a metodologia enxuta olha para a construção buscando vulnerabilidades, enquanto a tradicional acredita que essas pequenas ociosidades fazem parte de um todo — o que, econômica e temporalmente, acaba sendo prejudicial para a operação.

As principais vantagens desse conceito

Agora, vamos para o miolo deste conteúdo! Afinal, o que realmente convence engenheiros e gestores a mudar de estratégia são os benefícios que uma novidade pode oferecer à sua operação. Então, acompanhe!

Economia

A começar pela vantagem mais atrativa de todas. Da forma como percebemos o tempo de ciclo de trabalho, a economia aparece como uma resposta positiva a uma série de fatores, como a redução do desperdício dos materiais, a aplicação da logística integrada, o maior tempo produtivo, o aumento da velocidade na execução dos projetos e a tomada de decisões financeiramente inteligentes, como a locação de máquinas.

Produtividade

Já aqui, temos um benefício que é possível por conta de muitas práticas que tornam a construção mais econômica. Mas essencialmente, a operação se torna mais produtiva pela otimização do tempo, eliminando etapas redundantes, refações e intervalos ociosos.

Para que, é importante obedecer aos calendários de manutenção preventiva, examinar os processos, evitar deslocamentos desnecessários e extrair o máximo de cada hora trabalhada.

Modernização

A terceira vantagem é o uso da tecnologia. Afinal, uma das formas mais clássicas de agilizar a construção é com o uso de soluções informáticas. Plataformas de gestão de custos para o canteiro de obras lhe possibilitarão consumir menos recursos e mapear melhores formas de aumentar o valor percebido pelo cliente final.

Outro exemplo de participação tecnológica é por meio dos equipamentos empregues na construção. Com um bom acompanhamento financeiro, a gestão do projeto pode decidir entre comprar ou alugar maquinário, recorrendo à opção mais eficiente em termos de custo, eficiência e disponibilidade.

Aproveitamento

Por último, contudo, talvez mais importante, a extração do potencial da equipe. Até porque um dos focos de desperdício observados pela lean construction é o de capital intelectual, ou seja, a subutilização de profissionais competentes no canteiro de obras.

A construção enxuta é uma filosofia que se presta a fazer o máximo possível com os recursos disponíveis, e contempla desde a construção de edifícios até grandes complexos fabris. Por isso, é exigida a percepção do gestor para identificar profissionais ociosos e colocá-los em posições estratégicas, fazendo com que cada um participe do projeto no auge de suas competências conseguindo aumentar a produtividade em plenitude operária.

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