O setor da aviação continua em crescimento constante, e é fato que nos próximos anos será necessário aumentar a demanda de aeronaves e otimizar a infraestrutura para favorecer o transporte de cargas em todas as áreas da economia — principalmente se considerarmos as proporções geográficas do Brasil. Portanto, as operações envolvendo a logística aeroportuária se tornam cada vez mais necessárias para o mercado atual.
Além disso, quando ampliamos a análise para uma visão macro, este modelo de operação corresponde a 10% de toda carga transportada em nível mundial — entre os 5 níveis modais (rodoviário, ferroviário, aéreo, aquaviário, dutoviário) — e entender esta questão é essencial para ampliar as percepções de fronteiras logísticas e mercadológicas em geral.
Por esta razão, preparamos este conteúdo para explicarmos os principais conceitos sobre este modelo logístico tão importante, como ele é fundamentado e qual a sua relação com o crescimento socioeconômico e de influência do país para um futuro promissor. Vamos lá?
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O que faz a logística aeroportuária?
De forma sucinta, esta operação é responsável pelo controle, transporte e armazenagem de cargas de um aeroporto, ou seja, é fundamental na avaliação sobre qual melhor transporte aéreo favorece a chegada de itens mais rapidamente. Além disso, determina como será o carregamento, avalia o cálculo de frete, tarifas e é linha de frente da organização de contêineres específicos. Outros pontos importantes em que ela atua são:
- análise de balanços de companhias aéreas;
- auxílio no melhor fluxo de pessoas e transporte de bagagens;
- máxima agilidade a produtos de alto valor agregado, como componentes eletrônicos, medicamentos, produtos perecíveis (como flores) os quais necessitam de urgência na entrega.
Essa logística atua não apenas em aeroportos, mas em concessionárias de gestão aeroportuária, companhias de transporte aéreo, empresas relacionadas ao comércio exterior e as prestadoras de serviços a aeroportos e órgãos públicos. Conhecê-la é fundamental para maior sucesso na fluidez de transporte de cargas às empresas e indústrias.
Qual a relação da logística aeroportuária com os demais setores da indústria?
Há duas formas de respondermos a essa questão. Primeiro, o aspecto técnico. Apesar de cada setor produtivo da indústria ter adaptado a realidade e conceitos da logística às suas respectivas demandas e modelos, sua “espinha dorsal” se mantém. Ou seja, independente da realidade do setor, os aspectos técnicos de armazenagem, controle e transporte de materiais ou mercadorias se mantém.
Por outro lado — e aqui trazemos a segunda resposta à questão —, a logística aeroportuária é, assim como a portuária, uma forte capacitadora de eficiência produtiva e de segurança para o mercado interno. O motivo é simples: apesar de grande parte dos insumos e mercadorias brasileiras serem movimentadas por modal rodoviário, quando há grandes volumes em quesito de urgência, a aeroportuária é quem se mostra capaz de assegurar o resultado.
Isso fica bastante claro em situações de emergência pública, como pudemos experienciar durante a pandemia da COVID-19. Ao passo que insumos se mostravam escassos e regiões distantes atingiam altos níveis de riscos, o transporte e movimentação de cargas através de aviões se mostrava como resposta mais ideal às adversidades do momento. Afinal, a expertise daqueles que atuam no setor, a distribuição geográfica de pontos de apoio e afins viabilizava, em muito, essa alternativa.
Além disso, o transporte aeroportuário é um dos quais há uma maior segurança quanto aos riscos de desvios e roubos de carga. Esse modal é amplamente regido por protocolos, cálculos e gerenciamentos auditados por grandes órgãos de proteção pública. Ou seja, ela é o braço direito de todos as etapas internas e sua excelente administração é o segredo para melhor fluidez na movimentação de cargas e influência na produtividade industrial.
O contraponto de escalabilidade
Um contraponto que impede a logística aeroportuária de atingir maior escala e se mostrar economicamente viável a mais empresas e públicos, é a infraestrutura atual.
Para a logística aeroportuária os impeditivos dizem respeito às pistas de pouso e decolagem dos aeroportos de carga e descarga internacional no Brasil. Afinal, o volume de carga e o tipo de aeronaves que atuam nesse segmento são diferentes dos tradicionais modelos de táxi aéreo.
Além disso, foi identificado que os principais aeroportos brasileiros, aqueles localizados em grandes capitais, operam com aeronaves de “porte máximo”. Ou seja, não há possibilidade ou previsão para que aeronaves cargueiras de ainda maior porte utilizem esses pontos.
Assim, é importante pensar em alternativas de infraestrutura aeroportuária que, talvez, contemplem áreas ainda não exploradas pelo segmento. Criando perímetros mais corretamente atrelados às demandas do setor, e que, por sua vez, viabilizam a criação de novos empregos, rotas, perspectivas econômicas e logísticas para todo o país.
Quem é responsável pela gestão da logística?
Os responsáveis que podem atuar com a gestão aeroportuária são os profissionais devidamente qualificados com certificação na área pois é uma demanda complexa sendo necessário estudo aprofundado dos detalhes sobre todos os processos. É um ofício desafiador, em constante crescimento com as inovações tecnológicas e softwares cada vez mais sofisticados. Ela será uma das áreas com grande destaque e valorização para o futuro.
Ficar atualizado sobre a logística aeroportuária é essencial no mercado atual. Afinal, ela promove excelente gestão de transportes de cargas e promove agilidade e flexibilização. Portanto, adquirir conhecimento sobre tecnologia e infraestrutura, é um ponto indispensável.
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