Guia sobre linha de vida e suas aplicações!

Tempo de leitura: 11 min
  • Segurança

A linha de vida é um equipamento essencial para garantir a segurança nos projetos de engenharia. Por isso, insere-se como um dos primeiros elementos de checagem para viabilizar o início do trabalho em altura.

Infelizmente, acidentes graves acontecem ao não seguir informações básicas para a correta utilização desse equipamento. As consequências de um mau posicionamento dessa estrutura ocorrem em vários níveis.

Garantir a locomoção com segurança dos colaboradores vai além da implantação dos equipamentos de proteção. Um trabalho de conscientização e atualização constante precisa estar ativo. Tendo isso em vista, podem surgir muitas dúvidas sobre o assunto.

Por isso, construímos um guia simples e objetivo sobre a linha de vida e suas aplicações. A partir dele, você entenderá, de fato, o que é a linha vida, os tipos, as aplicações, como montá-la e os requisitos necessários. Acompanhe!


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O que é a linha de vida?

A linha de vida é uma estrutura feita para assegurar o deslocamento com segurança no trabalho em altura. Ela é conectada junto ao cinto de segurança do trabalhador por um elemento de ligação, como talabarte, trava quedas ou corda.

Todos os trabalhadores que realizam trabalhos a uma altura superior a dois metros de um nível inferior devem estar conectados à linha de vida. Esta, vale deixar claro, é um Equipamento de Proteção Coletiva (EPC). Isso porque ela dá suporte a mais de um trabalhador.

Esse equipamento, fundamental para a segurança, é utilizado, inclusive, em trabalhos subterrâneos e acima do nível do mar. Dessa forma, há muitas ocasiões para a instalação da linha de vida, tais como:

  • escavações;
  • poços;
  • atividades realizadas em túneis;
  • minas.

NR 35

Para ter um sistema de proteção eficaz, é preciso estar atento às normas regulamentadores. No caso da linha de proteção, estamos falando da NR 35. Nela, você pode encontrar todas as medidas assertivas para o trabalhador em altura.

Quais os tipos de linhas de vida?

Há quatro denominações para as linhas de vida. São elas:

  • verticais;
  • horizontais;
  • fixas;
  • móveis.

O melhor modelo para o tipo de trabalho depende da natureza da atividade e das necessidades. Para coletar essas informações, é necessário um estudo ou análise de riscos feito pelos profissionais de segurança do trabalho. Logo, com base nas informações estruturadas, será possível fazer as melhores escolhas para garantir uma gestão oportuna.

Imagine que, durante a construção de um prédio comercial de 22 andares, dois funcionários se acidentaram por não utilizar a linha de vida. O acidente ocorreu no primeiro andar.

A correta utilização das medidas de segurança foi postergada devido ao fato de o andar apresentar risco mais baixo com relação aos superiores. Somado a isso, em outro andar, foi usada uma linha fixa em um local no qual o mais indicado seria a linha móvel, ocorrendo mais uma situação de risco. Felizmente, essa última foi apenas um alerta, não trazendo efeitos negativos.

No entanto, as duas atitudes equivocadas resultaram em uma repercussão negativa para o negócio e em custos com absenteísmo — afastamento dos dois colaboradores acidentados no primeiro andar. Situações como essas expõem a necessidade de entender, de fato, como funciona uma linha de vida e os seus tipos.

Afinal, assim será mais fácil tomar decisões assertivas, escolhendo equipamentos adequados, com menos chance de contato com riscos iminentes. Evite quedas de altura e conheça logo abaixo os detalhes das linhas móvel e fixa. Estas têm subdivisões de sentido horizontal ou vertical.

Linha de vida móvel (horizontal ou vertical)

O nome já antecipa a função da linha de vida móvel. Logo, é um equipamento com possibilidade de ser desmontado ou montado, conforme necessidade. Se a obra necessita de flexibilidade, a linha de vida permite ser transportada, preservando a segurança.

Quer entender como? Basta observar o exemplo da linha de vida móvel feita com fitas e travas ajustáveis. Nesse caso, elas são ideais para obras da construção civil. Isso porque esse tipo de ambiente vai se modificando, a nível espacial, ao longo dos dias.

Portanto, os aparelhos de segurança precisam acompanhar essas mudanças. Assim, garante-se a integridade de cada colaborador.

Por isso, com uma linha de vida móvel, será possível se adaptar a cada nova etapa de construção do canteiro de obras e de uso das plataformas e andaimes. No mercado, você encontra as seguintes variedades:

  • horizontal temporária: feita para até dois trabalhadores, aplicada na construção civil e na área naval. Seu sistema horizontal e portátil é produzido com uma fita ou cabo de aço com trava;
  • LVM: feita em aço, tem perfis tubulares, podendo chegar a uma extensão de 7 metros de altura, transportada com rodízios. A utilização acontece em serviços de carga e descarga de máquinas, como caminhões, trens, entre outros;
  • vertical com corda: possui bastão telescópico seguido de gancho de ancoragem na extremidade. Esse último está conectado a um ponto de ancoragem, localizado acima do trabalhador e fixado em uma estrutura.

Linha de vida fixa (horizontal ou vertical)

De outra forma, a linha de vida fixa é recomendada sempre que, no processo de obras ou atividades da construção civil, não houver alteração na estrutura. Isto é, quando a montagem é realizada apenas uma vez, salvo em caso de manutenções.

Ao optar por esse tipo, você precisa, antecipadamente, assegurar que não haverá alteração de reposicionamento no ambiente de instalação. Os melhores tipos de linha fixa são:

  • horizontal: o nome já indica que o sistema é de proteção horizontal. Nesse tipo de linha de vida, encontram-se cabo de aço, trilho metálico e pontos de ancoragem no meio e nas extremidades. Esteja atento ao fato de que ele tem uso versátil — pode ser utilizado apenas por um colaborador ou por mais trabalhadores. A linha de vida fixa horizontal é indicada para telhados, silos e galpões;
  • vertical: com direção vertical, esse tipo segue uma composição semelhante ao anterior, com cabos de aço, trilhos metálicos e pontos de ancoragem no meio e nas extremidades. Tem uso versátil (individual ou coletivo), sendo recomendado para escadas fixas, escadas de marinheiros, entre outras composições verticais.

Quais são as aplicações da linha de vida?

Para deixar claro, podemos citar os empreendimentos industriais, construção e reparos de navios, projetos como edificações de prédios, auditórios, armazéns, fundações, entre outros.

Mas você sabia que a linha de vida pode ser aplicada, além da construção, nos momentos de limpeza e manutenção de muitas estruturas? Isso acontece porque, no trabalho em altura, independentemente da fase em que ele se encontre, é imprescindível resguardar o trabalhador. Logo, confira a lista das principais aplicações:

  • telhados;
  • silos, porões e tanques;
  • máquinas e equipamentos industriais;
  • cargas e descargas de caminhões;
  • qualquer tipo de atividade em altura.

Dessa forma, nota-se o quanto a linha de vida é um artigo fundamental para proteger a segurança dos trabalhadores, o que envolve atividades de baixo a alto risco.

Como mencionado, mesmo em um local aparentemente com menos riscos, como em um primeiro andar, é necessário assegurar a correta e rápida utilização dos EPIs e EPCs. Assim, é possível resguardar todos de quedas e das suas consequências, que podem ser graves.

Como montar a linha de vida?

Tanto quanto seguir as leis normativas, o processo de montagem da linha de vida precisa ser feito da maneira mais correta possível. Afinal, qualquer pequeno erro pode gerar grandes consequências. Assim, comece por um bom diagnóstico para entender qual tipo de linha de vida será usado.

O procedimento de montagem também é um momento em que riscos podem ser gerados. Logo, é preciso ter completa atenção. Por isso, assegure-se de contratar profissionais que exerçam a função com maestria. Basicamente, o processo de montagem da linha de vida segue quatro etapas:

  • produção do projeto;
  • identificação do material correto;
  • escolha do cinto para utilização do trabalhador;
  • cuidados durante todo o processo de montagem.

Explicamos detalhadamente cada uma delas logo abaixo. Lembre-se de que garanti-las resultará na melhoria da produtividade em obras. Confira.

Produção do projeto

Organize as informações com um projeto de linha de vida. Para isso, é preciso identificar o tipo de atividade que será realizada e o seu percurso. Somado a isso, faz-se necessário elencar a quantidade de pessoas que vão utilizar a linha de vida e o tipo do material — o que inclui o tamanho do cabo, o tipo de cinturão e o sentido. Lembre-se de que a elaboração de um projeto deve ser feita por um profissional habilitado e capacitado.

Identificação do material correto

Já sabemos que há mais de um recurso para a construção da linha de vida. Isso porque as situações envolvendo o trabalho com altura são várias, a começar pelos tipos de estrutura. Destacamos os principais materiais: cabo de aço galvanizado, fitas sintéticas e vigas metálicas.

Há ainda outros tipos, que serão aplicados a depender da necessidade do projeto. Isso porque há exigências que são muito específicas, como a linha de vida em uma estrutura que envolva a manipulação de materiais químicos.

Grampos, parafusos de ancoragem e outros articuladores também podem figurar como materiais para a construção da linha de vida. Fique atento para sempre utilizar materiais de qualidade. Esse é o ponto inicial para garantir um trabalho com mais segurança e zero prejuízo.

Escolha do cinto para a utilização do trabalhador

O cinto é o acessório que conecta o trabalhador à linha de vida. Ele precisa cumprir as funções de sustentar o peso do corpo do indivíduo e ser flexível, quando necessário. Uma escolha acertada do cinto permite dar mais segurança ao trabalhador em caso de queda.

Ao pensar na aquisição desse acessório, também é necessário escolher o trava quedas e o talabarte. Esses elementos, em conexão com o cinto de segurança, permitem a continuidade da integridade física. Logo, reduzem riscos e perigos em construções inteligentes.

Tenha cuidado durante a montagem

Durante a organização do ambiente de trabalho, também podem acontecer acidentes. Por isso, é importante ter cuidado no período de montagem. Confira as dicas para isso:

  • seguir as instruções do manual de montagem;
  • utilizar da expertise de profissionais capacitados, com supervisão;
  • fazer uma vistoria do local antes da implementação;
  • implementar a sinalização de segurança.

Quais são os equipamentos necessários?

Já citamos alguns itens necessários para a linha de vida. Antes de prosseguirmos, é preciso considerar que esses Equipamentos de Proteção Individual minimizam o efeito de quedas, mas não garantem a totalidade da segurança.

Para ficar resguardado ao máximo, é preciso conscientizar os colaboradores sobre o uso adequado dos EPIs. Além disso, é preciso garantir o investimento nos melhores materiais. Veja o checklist:

  • cintos e talabartes;
  • trava quedas;
  • roupas de proteção adequada;
  • argolas de aço;
  • cabos.

Além disso, a manutenção é tão importante quanto a instalação e o uso de bons materiais. Logo, promova inspeções para verificar a integridade dos cintos, talabartes e cabos, por exemplo. Ainda, promova uma cultura de segurança do trabalhador e esteja atento ao que acontece durante o acompanhamento de obras.

A linha de vida é um elemento essencial para garantir a segurança dos colaboradores no canteiro de obras. Agora você já sabe que ela faz parte da Norma Regulamentadora (NR) 35. Neste guia, falamos sobre os equipamentos necessários para a produção de um ambiente otimizado, evitando riscos e acidentes.

Como vimos, ao tomar todos os cuidados, as vidas dos colaboradores permanecem íntegras, evitando o absenteísmo. Isso é alcançado com o uso de EPIs e EPCs. Por fim, lembre-se de que investir em capacitação e em profissionais qualificados pode garantir o prestígio externo e interno da empresa. Isso porque trabalhar em um ambiente seguro é essencial para reter talentos.

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