No Brasil, segundo pesquisa da CNI (Confederação Nacional da Indústria), apenas 8% das indústrias utilizam o transporte ferroviário para movimentar a produção interna.
De fato, em comparação com outras formas de transportar carga, as ferrovias apresentam grande precariedade estrutural e pouca conexão logística entre os centros produtivos e locais de distribuição massificada.
Para entender como esse universo funciona, você precisa revisitar o passado, conhecer as possibilidades do futuro.
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Entenda a história do transporte ferroviário
No sistema de transporte nacional, o modal ferroviário se destaca por ser uma opção muito utilizada na hora de movimentar grandes cargas de commodities dentro de uma logística estratégica.
Desde a primeira ferrovia construída no Brasil, o setor passou por diversas modificações e evoluiu conforme as diferentes fases da economia se apresentaram para atender, da melhor maneira possível, as necessidades de escoamento das cargas, especialmente, em mercadorias relacionadas à mineração e ao agronegócio.
Até o meio dos anos 1950, o modal ferroviário ainda era o principal meio de transporte de cargas no país. Nos anos seguintes, o aumento dos investimentos no setor rodoviário fez com que as estradas assumissem a ponta das operações no transporte de cargas.
Redução de investimentos
A redução dos investimentos na malha ferroviária teve como marco o início do governo do presidente Washington Luís, em 1930. Assumidamente, o ex-presidente considerava as rodovias o melhor tipo de meio de transporte para o crescimento da economia do país e acabou negligenciando os investimentos nas ferrovias.
Presidentes sucessores seguiram com a mesma preferência, e na época que as montadoras de automóveis começaram a chegar ao Brasil, a construção de rodovias se mostrou o melhor tipo de investimento na hora de trazer outras empresas.
Processo de retomada
A logística se tornou uma aliada fundamental no processo de retomada das operações do transporte ferroviário no Brasil. Com isso, ficou mais simples implementar ideias de infraestrutura e executar novos investimentos focados na qualidade do escoamento de cargas do setor.
No cenário atual, praticamente todas as linhas ferroviárias disponíveis são administradas por empresas especialistas em logística. O motivo é muito simples: o grande conhecimento e as vantagens oferecidas. Esse tipo de empresa, por exemplo, é expert na organização de rotas, controle de atividades e outros planejamentos minuciosos baseados nos trajetos mais problemáticos.
O setor ferroviário é, hoje, responsável por aproximadamente 20% das cargas transportadas no Brasil, um número pequeno quando comparado com outras opções de modais, com destaque para o setor rodoviário, que recebe a movimentação de cerca de 60% de mercadorias. No entanto, espalhadas por diversos estados, as linhas ferroviárias se estendem por aproximadamente 30 mil km.
Mudança organizacional
Em 2019, o modal alcançou sua principal marca em cargas transportadas. Conforme dados divulgados pela Associação Nacional do Transporte Ferroviário (ANTF), foram cerca de 107,8 bilhões de toneladas. Esse aumento foi resultado de uma forte mudança organizacional, decorrente de um novo modelo de logística ferroviária.
De maneira geral, os negócios voltados para logística estão inseridos em diversos tipos de transportes no Brasil. Afinal de contas, tudo precisa ser alinhado previamente para que aconteça conforme o esperado no transporte aquaviário, viário, rodoviário e ferroviário. As vantagens que o transporte ferroviário oferece estão entre os principais responsáveis por essa retomada no setor.
Essas vantagens se destacam, especialmente, em comparação com o transporte rodoviário. Com base nesses pontos, a logística ferroviária cresce a cada dia, com investimentos em revitalização de ferrovias, implementação de novas linhas e forte campanha para atrair a devida atenção ao setor.
Simplicidade no planejamento
Quando uma empresa opta por fazer o seu transporte de carga pelo modal ferroviário, um dos primeiros pontos que salta aos olhos é a simplicidade no planejamento. Isso porque as linhas ferroviárias são mais restritas do que os trechos rodoviários. Ao todo, são apenas 15 linhas ferroviárias, em comparação com mais de 1.7 milhão de km de extensão em rodovias.
Além disso, vale destacar ainda que os trens disponíveis nas linhas possuem até 100 vagões em uma única composição. É possível, assim, fazer o transporte de uma grande quantidade de cargas em uma mesma viagem, com números bem superiores às movimentações de transporte em caminhões, por exemplo.
Para atingir a mesma capacidade de cargas que esse tipo de trem, os custos com caminhões seriam muito maiores e o planejamento teria o dobro de trabalho. Por falar em redução de valores nas operações como um todo, saiba que as linhas ferroviárias não exigem o pagamento de pedágios ao longo dos trechos, e o custo de combustível é significativamente menor.
Diferentes tipos de linhas
É preciso ter em mente que a composição da logística rodoviária varia conforme cada tipo de linha. São diversos fatores que devem ser considerados, como os vários tamanhos de linhas, os trajetos mais específicos, as possíveis mudanças climáticas — mais frequentes em determinadas regiões —, as diferenças nos solos e terrenos, os pontos de abastecimento etc.
Sem contar que algumas linhas circulam por dentro de regiões consideradas extremas. Na prática, isso significa que os terminais de chegadas e saídas iniciam no norte e chegam até a parte sul do Brasil.
Esses fatores são determinantes e fazem com que o planejamento logístico de um transporte de cargas precise ser personalizado. Portanto, é necessário colocar na ponta do lápis a melhor solução conforme o tipo de produto, o destino, a quantidade, o orçamento disponível, entre outros pontos.
Conheça as vantagens do transporte ferroviário
Além dos pontos que citamos acima, o transporte ferroviário apresenta muitas outras vantagens, por se tratar de um modal bem estruturado. Os diferenciais de segurança, principalmente em relação ao transporte de cargas rodoviário, chamam a atenção das empresas e incentivam a migração para as ferrovias. Claro que os vagões não estão livres de riscos, mas os índices de criminalidade são muito menores.
Realmente, não é incomum nos depararmos com notícias de cargas roubadas em estradas, o que traz um enorme prejuízo, não importa qual seja o setor do mercado. A questão da violência é uma preocupação frequente e se evidencia ainda mais quando falamos de produtos muito visados por criminosos, como eletrônicos, cigarros, autopeças e produtos farmacêuticos.
Os acidentes também fazem parte do combo de riscos no transporte de mercadorias. Basta uma manobra calculada de modo errado para perder uma carga mais sensível e comprometer não só o orçamento da empresa, mas também a sua imagem no mercado, por não cumprir prazos com os clientes. Em contrapartida, no modal ferroviário, a frequência de acidentes é muito menor, por conta do peso dos vagões.
Agilidade
Dentro de estratégias logísticas, cada minuto importa e, por esse motivo, o transporte de cargas por meio das ferrovias ganha mais um diferencial positivo. Algumas modalidades das linhas desse tipo de transporte, como os comboios de alta velocidade, permitem viagens muito rápidas, capazes de transportar com tranquilidade mercadorias que precisam chegar no menor tempo possível ao destino.
Sustentabilidade
Ao comparar as ferrovias com outros modais de transportes, os trens são a opção menos poluente e sem grandes impactos ao meio ambiente. Como consomem pouca energia e operam com biodiesel, que é um combustível de baixo impacto ambiental, encaixam-se perfeitamente com a proposta de empresas que defendem a bandeira da sustentabilidade.
O resultado é uma excelente combinação de desenvolvimento econômico e estratégias mais alinhadas com o público-alvo e o mercado, gerando a preservação dos recursos do meio ambiente. Vale citar ainda que, pelos trens transportarem um grande volume de cargas durante as viagens, os possíveis prejuízos ambientais em longo prazo são ainda menores.
Mais empregos
Optar pelo transporte ferroviário é uma maneira de incentivar o setor na hora de abrir novas oportunidades de empregos. Muitos profissionais já fazem parte desse mercado e outros tantos desejam se aprimorar para ingressar na construção de novas ferrovias, na condução de máquinas, nas etapas logísticas, no ensino e no treinamento de novos contratados.
As ferrovias são, além de tudo, parte do patrimônio histórico do Brasil e merecem ser valorizadas como tal. Muitos pontos ferroviários nacionais que fizeram parte da construção e do crescimento de cidades ganharam museus, exposições e outras atrações que também geram oportunidades diante de diferentes níveis de capacitações.
Como potencializar o futuro do transporte rodoviário?
Agora que você já conhece a importância do transporte rodoviário e tudo o que esse setor movimenta no Brasil, chegou a hora de falarmos sobre o futuro. Em um cenário mais amplo, palestras e discussões sobre o modal ferroviário mostram que os investimentos na área ainda estão muito abaixo do potencial oferecido, especialmente por parte do Governo Federal e de empresas privadas.
Investidores e profissionais do setor questionam frequentemente os motivos de o Brasil ter uma malha ferroviária tão abaixo de suas possibilidades em termos territoriais e como esse panorama pode ser modificado, com o objetivo de impulsionar os ganhos das operações logísticas.
Uma questão muito incômoda, por exemplo, é que o Brasil, na evolução das linhas ferroviárias, está atrás de países com situações econômicas e dimensões bastante semelhantes. Vale destacar que o primeiro lugar no mundo é dos Estados Unidos, com 295 mil km de linhas férreas. Um ponto importante é que, por conta do aumento do interesse logístico e das empresas de diferentes setores, devem existir padrões de investimentos cada vez mais inteligentes.
Projeto eficiente
Existe um consenso na área de que nada adianta apenas investir dinheiro nas ferrovias sem ter um planejamento eficiente. É evidente que ele deve acontecer em conjunto com o Governo Federal, a atuação do setor privado e os incentivos municipais e estaduais. Antes de mais nada, torna-se necessário identificar os principais trechos que passam por polos de produção nacional e ligá-los aos portos.
As opções de linhas que já estão disponíveis nesses trajetos precisam de reformas, que devem estar dentro desse tipo de projeto. Entretanto, alguns trechos vão exigir a criação de novas linhas ou grandes ampliações para atender as demandas com qualidade.
O segundo passo na concentração de investimentos é priorizar a construção de linhas ferroviárias que possam atravessar o Brasil pelo interior. Esse tipo de conexão seria o fator decisivo no transporte ferroviário, por permitir cruzar todo o território nacional de maneira rápida, com redução de custos e com rotas mais simples.
Confira a atuação da pá carregadeira no transporte ferroviário
Dentro do segmento logístico, equipamentos como a pá carregadeira são de grande ajuda na otimização de processos de carregamento dos vagões. Isso porque a locomoção de grande volume alcança uma elevação a um nível superior. Com a movimentação da pá carregadeira, torna-se mais simples reduzir o tempo de carregamento e deixar todo o processo mais eficiente.
O equipamento é importante também no tracionamento de vagões de trem. Na prática, desacoplada de sua concha, a pá usa sua força motriz para reorganizar vagões em pátios ferroviários. O mercado disponibiliza diversas opções de pás carregadeiras, com foco em muitas finalidades. No entanto, todas precisam ser operadas por um profissional devidamente habilitado na categoria específica.
Com essa máquina, é possível percorrer distâncias com boa mobilidade e em solos secos. É importante ainda ter o devido cuidado com o uso da pá carregadeira em terrenos que passaram por acidentes ou com resíduos de detritos, que acabam forçando os pneus.
Vale destacar que os modelos mais robustos de pás carregadeiras tendem a ser operados nas atividades ferroviárias. Essa adoção assegura que, independentemente do vagão e seu peso próprio ou carregado, o operador não enfrente entraves na atividade, nem force a máquina mais do que ela suporta.
Existe um verdadeiro universo de possibilidades para o transporte ferroviário no Brasil e perspectivas de futuro bem animadoras. Para entender se esse tipo de modal faz sentido para a sua empresa, é necessário avaliar inúmeros fatores que vão além da redução de custos, incluindo o tipo de carga transportada, a qualidade das máquinas à disposição e os prazos que precisam ser cumpridos.
Gostou das informações do artigo? Então, aproveite a visita ao blog e entenda quais são os principais desafios do transporte de máquinas pesadas.