O impacto da retomada de diversas industrias no setor de máquinas

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  • Engenharia

Depois de uma crise que afetou todos os setores, a economia vai voltando ao normal gradualmente. A indústria, por exemplo, está começando a se destacar em alguns setores, principalmente o setor de máquinas.

Na verdade, conforme afirma a Abimaq (Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos): “Os números recentes indicam que o recrudescimento da pandemia da covid-19, em algumas regiões do globo, em razão da maior infecciosidade da variante delta, e agora da ômicron, não prejudicou as vendas de máquinas no exterior.”

Neste artigo, vamos falar mais sobre o impacto da retomada de diversas indústrias no setor de máquinas. Confira números e informações relevantes a respeito!


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Agosto de 2021, mês de destaque para o setor de máquinas

Em agosto de 2021, conforme dados da Abimaq, houve crescimento de 16,7% na receita líquida no setor de máquinas/equipamentos em relação ao mesmo período em 2020.

Em agosto, houve melhorias tanto em relação às receitas internas como em relação às exportações:

  • receitas internas: 15,8%;
  • exportações: 19,4%.

Conforme a Abimaq, as vendas para fora do país ocorridas em agosto elevaram as exportações ao mesmo nível anterior à crise provocada pelo coronavírus. Pelos dados, percebemos que as exportações exerceram uma influência maior nos resultados que as receitas internas.

Ainda que a Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos preveja queda nos meses seguintes (comparados ao crescimento de agosto), o crescimento de 2021 ficará pouco acima de 20%.

Máquinas e equipamentos com melhor performance

Considerando o mês de agosto, houve desempenho relevante em relação a:

  • máquinas para infraestrutura e indústrias de base (39,4%);
  • máquinas para logística e construção civil (33,5%).

A redução na receita líquida aconteceu somente em relação às máquinas de petróleo e energia renovável (diminuição de 51,5%).

Acumulado do ano de 2021

Comparando o mesmo mês em 2020, ocorreu um crescimento de 25,6% da receita. As exportações aumentaram 78,4% no período e a receita interna teve aumento de 23,6%.

No acumulado dos meses de janeiro a agosto, a receita ultrapassou em 33% a receita que foi efetivada no mesmo período do ano precedente. Considerando o mercado interno, houve crescimento de 42% enquanto a exportação teve aumento de 28,9%.

No acumulado do ano, o resultado mais satisfatório referente às vendas para fora do Brasil se deu no segmento que produz máquinas para construção civil e logística (52,8%). Em primeiro lugar, ficou posicionado o setor que atua com máquinas rodoviárias, juntamente com o de movimentação/armazenamento de materiais.

Ainda levando em conta o acumulado, o recorte por destino das exportações revelou continuidade na retomada de vendas de máquinas para nações que pertencem à América Latina (51,8%).

A China apresentou um grande crescimento nas compras no setor de máquinas/equipamentos do Brasil, com um percentual de 572%. Já os Estados Unidos apresentaram aumento de 4,1% nas compras. Vale lembrar que os Estados Unidos são o principal país comprador das máquinas e equipamentos fabricados no Brasil. As exportações para a Europa apresentaram aumento de 16,6%.

Importações no setor de máquinas

Vejamos agora como se comportou o cenário das importações em relação ao setor de máquinas. No mês de agosto de 2021, aconteceu um recuo nas receitas de importações equivalente a 0,3%. Entre os principais países que atualmente importam máquinas e equipamentos para o Brasil, estão:

  • China (25,2% do volume total de aquisições);
  • Estados Unidos (18,3%);
  • Alemanha (13,2%).

Comparando com as importações feitas em agosto de 2020, registrou-se um aumento de 44,7%.

Acumulado de 2021

No acumulado de 2021, o aumento foi de 18,4% referente ao período de 2020.

Entre as áreas com maior aumento em importações de máquinas/equipamentos, houve destaque para:

  • logística/construção civil (51,8%);
  • indústria de transformação (36,7%);
  • bens de consumo não duráveis (35,2%).

Foi registrada queda somente em importações de máquinas para infraestrutura (38,9%). Esse segmento também apresentou baixa nas relações mensais, com queda de 16,5% entre os meses de julho e agosto de 2021.

Emprego

No quesito “emprego”, mais uma vez o mês de agosto de 2021 se revelou o destaque no que concerne ao setor de máquinas na indústria.

No final do mês, o setor tinha 365 mil funcionários, ou seja, empregos diretos. Comparando com o mês de agosto de 2020, surgiram 57 mil postos de trabalho.

Conforme a Abimaq, a maioria das contratações aconteceu nas indústrias que fabricam implementos e máquinas agrícolas e que fabricam máquinas para a construção civil.

Indústria 4.0 e a retomada do setor automotivo

Vale a pena falar também sobre as tendências do setor automotivo com a indústria 4.0, como os carros conectados na nuvem, componentes em impressão 3D, fábricas inteligentes. A quarta revolução, que envolve a indústria 4.0, se baseia principalmente em conexão.

Conforme Júlio Monteiro, que ocupa a direção da Bosch (indústria multinacional alemã de engenharia e eletrônica), as tecnologias da 4.0 têm potencial para solucionar certos problemas, como a perda de qualidade e de produtividade, a melhoria dos processos e a redução de gastos.

Ainda que indústrias como a Bosch sejam referenciais no que se refere ao desenvolvimento de softwares/soluções da indústria 4.0, a maioria das fábricas que trabalham no setor automotivo ainda precisam se desenvolver nesse caminho. Conforme estudo da Confederação Nacional da Indústria, companhias de diferentes tamanhos de todos os setores industriais ainda sentem dificuldades em aplicar as novas tecnologias.

Na pesquisa, 42% das pessoas entrevistadas afirmaram que ainda não haviam iniciado o caminho para deixar sua produção mais eficiente e conectada.

Particularmente, no setor automotivo, um dos principais desafios está nas máquinas, cuja idade média é de 17 anos. Mas é possível modernizar operações antigas com a indústria 4.0. É necessário instalar softwares e sensores a fim de garantir conectividade e inovações sem a necessidade de se desvencilhar dos equipamentos atuais.

Conforme o Índice Global de Inovação, nosso país está na 71ª posição em ranking de competitividade entre 141 países. Investir em indústria 4.0 é um passo relevante para que o setor automotivo do Brasil se destaque perante a possibilidade da abertura de mercado.

Para concluir

Vale mostrar o pensamento de Júlio Monteiro sobre o assunto: “Ainda é muito difícil para alguns tomadores de decisão apostarem na tecnologia conectada porque existe pouco benchmarking no mercado, mas os que têm, mostram sua efetividade”. O momento de apostar em novas tecnologias é agora. A indústria, inclusive o setor de máquinas, aumenta seu potencial competitivo para retomar o mercado após os efeitos da pandemia de Covid-19!

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